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a culpa que te pariu...



Acontece normalmente, naqueles dias banais em que, despida da sensatez, você "bufa", grita, sai do prumo, quer voltar a vida de antes e, claro, pensa mil vezes se é "boa" mãe.


Ela também aparece diante daqueles acontecimentos sem controle, mas que você jura ser a responsável, como quando a criança volta gripada, porque VOCÊ deixou sair no frio, ou quando o bebê acorda de duas em duas horas, porque VOCÊ o fez dormir no peito.


A culpa, essa danada!

Mesmo sem querer, mesmo com o gosto amargo que deixa, é tão íntima, tão presente nas nossas vidas.

Por que?


Porque o mito da mãe perfeita nos acompanha desde que fomos paridas!

Porque somos levadas a crer que a realização feminina se concretiza na maternidade;

Porque nos fazem acreditar (ainda!) que a responsabilidade pelos filhos é da mulher.


Porque exaltam um fazer perfeito e cheio de regras;

Porque teimam em nos categorizar, nos colocar num pedestal ou nos impor um certo tipo de maternidade.


Mas veja: não existe prêmio para nenhuma de nós!


Só existe a vida se transformando bem diante dos nossos olhos, sem listinhas de coisas certas a fazer, e sendo conduzida por seres errantes como eu e você, que, amam incondicionalmente, erram, acertam, esquecem, cuidam, ficam exaustas, tudo ao mesmo tempo.

E tá tudo bem!


Quanto menos idealizada a maternidade, mais temos chances de vivê-la, imperfeita e intensamente como tem que ser!




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